Conheça 7 projetos que pautam questões como saúde sexual, visibilidade da mulher e combate às violências durante a pandemia
No dia 8 de março, é celebrado o Dia Internacional da Mulher, data oficializada pela ONU para pautar as lutas e conquistas femininas. Entretanto, a busca pela igualdade e garantia de direitos da mulher ainda têm um longo percurso pela frente. As desigualdades de gênero atravessam diversas áreas, como a participação da mulher na política e também a garantia de direitos sexuais e reprodutivos.
Para marcar essas pautas essenciais, conheça sete projetos premiados no Desafio Criativos da Escola 2020 que propõem ações de conscientização, cuidado, visibilidade e empoderamento de mulheres ao redor do Brasil.
Uma das iniciativas é protagonizada por alunas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Paulo Duarte, em São Paulo (SP). Elas desenvolveram uma campanha online de combate à violência contra as mulheres, chamada Vozes Femininas – Não se cale!
Projeto Vozes Femininas – Não se cale! / Divulgação
O projeto surgiu com debates online e pesquisas sobre os diferentes tipos de violência – sexual, psicológica, patrimonial, física e moral – que afetam o cotidiano das mulheres em todo o país. O grupo concluiu que este é um problema histórico, que deve ser combatido com a conscientização da população sobre as causas e efeitos do comportamento machista para toda a sociedade.
A iniciativa pretende explorar formatos como entrevistas com especialistas, desafios para serem compartilhados nas redes sociais e até paródias de músicas para expor o conteúdo de suas pesquisas.
Assim, a iniciativa promove a conscientização de todos e encoraja as vítimas a procurarem ajuda, enquanto dá espaço para que as integrantes explorem talentos na produção dos conteúdos para a campanha. Como próximo passo, o grupo busca parcerias com profissionais como advogadas, psicólogas e grupos que trabalham com a produção para redes digitais.
O Criativos da Escola apresenta mais seis projetos protagonizados por crianças e adolescentes que abordam a valorização das mulheres:
Marias vão com as outras – Sapiranga (RS)
Um grupo de alunas da Escola Municipal Maria Emília de Paula está adotando medidas para lutar contra os casos de abuso sexual de crianças e adolescentes. Para isso, estão organizando debates virtuais sobre educação sexual, além de desenvolverem formas lúdicas para conversar com as crianças sobre proteção e autodefesa.
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A (in)visibilidade da mulher na política do Alto Sertão da Bahia – Brumado (BA)
Ao notarem a desigualdade entre homens e mulheres na disputa eleitoral de 2020, alunas da Escola Municipal em Tempo Integral Miguel Mirante criam projeto para produzir conteúdos audiovisuais, entrevistas e materiais didáticos sobre a história e a realidade das mulheres na política da região.
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Chama Violeta – Porto Alegre (RS)
Levando em conta os altos registros de violência sexual na cidade, estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint-Hiliare desenvolveram o projeto com a intenção de pautar essa problemática na comunidade. Para isso, produziram materiais informativos de alertar sobre as incidências dessas agressões, além de ensinarem crianças a identificar, se defender e pedir ajuda caso presenciem situações incomodas ou suspeitas.
Empreenda – Bacabeira (MA)
Estudantes do Instituto Estadual de Educação Ciência e Tecnologia observaram que a prática empreendedora feminina tem ganhado força a cada dia, principalmente devido a situação econômica e às limitações impostas pela pandemia. O grupo planeja, então, produzir materiais de apoio com informações sobre atendimento ao cliente e organização financeira para estas mulheres, além de auxiliá-las na divulgação online dos seus empreendimentos.
Beijei! E agora?! – Caminhos para o empoderamento feminino – Canindé de São Francisco (SE)
Por meio de ações online em mídias sociais e o lançamento de um app próprio, os estudantes do Colégio Estadual Dom Juvêncio de Britto abrem espaço para discussões sobre assuntos que são considerados tabus, como a sexualidade, prevenção a infecções sexualmente transmissíveis (IST) e violência contra a mulher.
Elas por Elas – Venâncio Aires (RS)
Incomodadas com os estereótipos de mulheres frágeis e dependentes reproduzidos em histórias clássicas de princesas, estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Alfredo Scherer estão produzindo audiolivros para o público infantil com narrativas de mulheres que são referência de inovação, coragem e de luta para a sociedade.
Conhece alguma iniciativa que está abordando feminismo com estudantes? Compartilhe com a gente!
Redação: Andréa Xavier e Helisa Ignácio
